segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Público-alvo dividido em classes econômicas é passado

       
       A aproximadamente um mês li uma reportagem na Revista Exame edição 995 ano 45 n°12 que se chamava O mercado que mais cresce. Resumidamente, a matéria trata da mudança de poder aquisitivo das classes econômicas brasileiras nos últimos 6 anos. Até agora, o lado mais conhecido dessa mudança é a expansão da classe C, que ganhou quase 30 milhões de brasileiros, içados das classes D e E. Enquanto a base encolheu, as classes A e B foram as que mais cresceram proporcionalmente, segundo estudos da FGV. São 7 milhões de brasileiros que romperam a fronteira da alta renda, aumentando para 20 milhões de pessoas a elite do país.
       Depois que li esta reportagem e algumas citações de livros sobre o assunto comportamento do consumidor, tive que concordar com a máxima: Hoje em dia as empresas que segmentam seu público-alvo exclusivamente baseando-se no critério classes econômicas, estão defasadas.
       Inicio minha análise pelas ESCOLHAS feitas pelas pessoas próximas, meus amigos, familiares ou conhecidos. Nesse montante englobo pessoas pertencentes as classes A, B e C e me deparo com uma situação bastante peculiar: essas pessoas, independente de classes econômicas, gastam seu dinheiro no que consideram sua PRIORIDADE. Por exemplo, conheço pessoas com uma alta renda que, vestem-se com grandes marcas, mas, nas suas férias, veraneiam no litoral gaúcho, em Areias Brancas. Como também conheço pessoas nos mesmos padrões que, não valorizam tanto o vestuário e a aparência, por isso consomem marcas "classe C" mas, fazem viagens internacionais semestralmente.
      Independente da classe econômica a que esses consumidores tão valiosos pertençam, creio que as marcas devem procurar se interar mais sobre o comportamento desse consumidor através de pesquisas de mercado, ou mesmo respondendo a simples perguntas: Quem é esse consumidor? Como ele é? O que ele gosta? Quais são suas prioridades? O que ele valoriza? O que faz em suas horas de lazer? Como gasta seu dinheiro?
      Com certeza, respondidas essas perguntas, nossos produtos estarão dentro do que o consumidor espera, o que é um ganho para as empresas que querem fidelizar seus clientes e também, é um ganho para nós consumidores que nos sentiremos cada vez mais exclusivos e teremos aquela sensação "isso foi feito pra mim" de forma não tão remota.

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